sexta-feira, 21 de junho de 2013


"Beije-me...
Não como a uma criança
Nem como a uma leviana mulher
Apenas beije-me...

Beije-me como o Sol toca o mar
Lindo, único e perfeito
Beije-me desprezando seus receios e mergulhando em nossos anceios
Beije-me como o desbravador de novas terras
Beije-me como a ardente chama da vela
Beije-me de modo suave como o voo da graça
Apenas beije-me...

Beije-me brincando com antônimos e sinônimos
Beije-me surtando seus ideais
Beije-me acariciando-me
Beije-me como um bailar de um tango
Beije-me esgueirando-se de seus medos
Beije-me desfrutando de momentos circunstanciais
Apenas beije-me...

...e ... se... nossos corações sincronizarem em um único som, não apavore-se, pois com certeza isto resulta em um sentimento imensurável."

domingo, 12 de maio de 2013

Querida mamãe,

Infelizmente não te tenho mais ao meu lado para me proteger, mas mesmo não estando aqui sempre vou te amar. Nem sei o que escrever pois a dor que sinto não me deixa pensar, imaginar que esta manhã papai me acordou para ir ao cemitério visitar teu túmulo que desde seu enterro evitei ir para alimentar a esperança de que você iria voltar para mais uma vez me abraçar e dizer "eu te amo minha bebezinha". Mas por te amar tanto tinha o dever como filha de ir levar flores ao teu túmulo afinal hoje é dia das mães e é só um de muitos dias especiais que não a terei ao meu lado para comemorar. Te amo mamãe e amarei até o fim de minha vida.

terça-feira, 7 de maio de 2013


Sabe quando você gosta muito de uma música e fica ouvindo ela repetidamente, sem cansar, sem enjoar, e todas as vezes que você escuta, não importa onde esteja, você curte, canta, se emociona, e se sente bem? 
Sabe aquele prazer que você sente em dançar aquela música ?Pois bem, eis ai o amor. Amar alguém é como ter uma música preferida. 
É ouvir a mesma musica todos os dias, e dançar e ser feliz e querer mais e mais, sem enjoar. Quem não tem uma música que quando escuta sabe a letra decorada, na ponta da língua? Amor é isso. É, talvez, as vezes, deixar de ouvir a música.
 Mas jamais esquecer a letra. E quando ouvi-la tocar ter o prazer de gritar "olha, é a minha música." e se sentir livre, afinal, o amor, assim como as canções é libertador.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cheguei super feliz mais depois comecei a sentir algo estranho, algo estava fora do lugar!  Ai me lembrei que quando ia aos passeios quando chegava em casa não importasse o horário eu abria a porta da sala e la estava minha mamãe me esperando pra saber todos os detalhes, se eu me comportei, se foi bom ou ruim, se eu estava bem e mandava eu ir tomar banho pra relaxar e depois ir descansar.
Mas quando abri a porta da sala ela não estava me esperando, então entrei e segui pelo corredor até a porta de seu quarto com a esperança de encontra -  la deitada em sua cama quase dormindo mais esperando eu chegar pra te dar boa noite e ela dizer que no outro dia iríamos conversa pois estava cansada :'(
Mas eu não a encontrei, ela não estava em nenhum lugar da casa e com uma vontade imensa de perguntar a alguém onde minha mamãe estava e me respondessem que ela tinha saído mais logo estaria de volta! Mas fiquei em silêncio, dei boa noite ao meu pai que já ia se deitar e mais uma vez chorar e chorar como se isso fosse trazer minha mamãe de volta só que infelizmente nada que eu faça a trará de volta! Só queria dormir e quando acordasse isso fosse só um pesadelo e ela estivesse ao meu lado para me acalmar :'(
É muito difícil dizer as pessoas que estou bem pra que não me perguntem o "porque" se eu disser que não! Mas é mais difícil ainda sentir essa enorme dor no meu coração e saber que não tem nada que a cure, nenhum remédio que a faça passar por se quer alguns minutos, pois essa dor de agora em diante vai sempre estar dentro de mim aonde quer que eu vá.

quarta-feira, 13 de março de 2013


“O telefone que não toca, a saudade que não se esvaí e esse sentimento que não diminui. 
A falta que não é suprida, a carta que você se esqueceu de me escrever ou teve preguiça de levar até o correio. 
O e-mail que não chegou ou talvez a sua internet não esteja mesmo muito boa. 
Não te vejo, mas te procuro. 
Só que os teus sinais são indecifráveis. 
Só que eu falo a língua do amor e você é do tanto faz. 
Eu sou o agora e você o amanhã. 
Eu simplesmente não compreendo. 
Porque os opostos deveriam se atrair, mas nos só estamos nos afastando. 
E o meu querer, sozinho, se torna nulo. 
Meu orgulho é frágil, você sabe, se fere com o teu silêncio e me impede de te procurar mais vezes. 
Sua perseguição inconsciente me tortura. 
Porque você está em toda parte, em cada pessoa que tenha um pouco dos traços do teu rosto, no rádio quando o ligo e sua banda favorita está lá, tocando. 
Vejo uma mancha na parede e o meu desejo de você faz aquela coisa tomar forma e se parecer contigo. 
Sua cor favorita foi vestida pelo mundo e me impede de te esquecer nas horas que sucedem o meu sono. 
É enlouquecedor te ter em toda parte e não te ter nunca. 
Porque você não se decide se me mata logo de amor ou se continua a me torturar com essa ausência constante e presente.”




quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A palavra certa não é esquecer, e sim superar. 
Existe uma linha tênue entre o sofrimento e a dor. 
Não ignore a dor. 



É ela que fará você sair da zona de conforto em busca de algo melhor. 
Quando uma relação termina não é para deitar a cabeça no travesseiro, chorar e dormir. 
Às vezes, um relacionamento acaba para você acordar. 
Chegará o dia em que você lembrará de tudo o que passou e nada daquilo te afetará, porque você superou. 
E é nesse dia que você estará pronto pra outra.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


“Chorei. 
Chorei porque aparentemente não havia uma solução. Chorei porque eu era a única pessoa que poderia fazer alguma coisa, mas, não pude. Chorei porque eu estava com tanta saudade que não sabia onde eu estava. Chorei porque nenhum porre desse mundo poderia me impedir de chorar. Chorei por todas as coisas que tive de abrir mão, por todas as pessoas que abriram mão de mim. Chorei porque era tudo que eu poderia fazer, chorar como uma criança desesperada. Chorei pelo cansaço, pelas dores nas costas, pela falta de alimento no estômago, chorei porque acreditava em tudo, e hoje já não havia mais nada para acreditar. Chorei porque eu estava em todos os lugares, mas, nenhum deles era o meu lar.”

domingo, 27 de janeiro de 2013


“Ele a liga. 
— Alô? 
— Júlia? 
— Não, aqui é a mãe dela. Quem fala? 
— O Guilherme, posso falar com ela? 
— Não, ela está de castigo. Posso saber quem é? 
— O Guilherme, sogra. 
— Sogra? 
Ele começa a chorar. 
— Oi, tem um tempinho para me ouvir? 
— Pode dizer, tô aqui. 
— Me chamo Guilherme, tenho dezessete anos, moro em São Paulo, e sou apaixonado pela sua filha. Eu sei que você vai achar que eu sou um homem de quarenta anos e que quero matar sua filha, mas eu espero que acredite em mim. Eu amo a sua filha, amo o jeito que ela é e o jeito que ela me faz ser. Amo as birras, os choros, os medos e as horas que eu passo ao telefone com ela. Eu sei também que você não vai aceitar, mas eu namoro sua filha á dois meses, e se quer saber senhora, foram os melhores meses da minha vida, e ainda estão sendo. Jú me pediu de diversas vezes para esperar estarmos juntos para namorar, mas olha, eu não suportei. Hoje eu faço faculdade, quero ter um futuro, não futuro apenas, quero dar um futuro á sua filha. Eu chegar e ter a liberdade de te chamar de sogrona, de frequentar a sua casa e comer na mesma mesa que a senhora, se me permitir. Se não, eu como no sofá mesmo, sento no chão, você que manda. Eu não sou lindão não, nem tenho uma forma de falar boa, sou um idiota, que por tanto pedir á Deus encontrei a tua filha. Eu até poderia fazer uma piadinha de mal gosto agora, mas não irei fazer, Júlia me disse que a senhora é um pouco irritada, e acho melhor, passar uma imagem de bom moço, antes de te chamar de apelidos carinhosos. Sei que com certeza, você já deve estar me odiando e pensando em como a colocar de castigo, por ter conhecido alguém pela internet, mas olha dona, eu não comecei dizendo que a amava, eu só queria ser amigo dela. Minha irma se casou com um cara que conheceu na internet, e é por isso que eu ainda acredito na Júlia e eu. Acho que você deve estar se pensando, o que um garoto de dezessete, quer com uma menina de quinze, e agora te respondo: Eu quero me casar com ela. — Ele para por estar chorando — Me desculpe, sou chorão demais, choro por tudo. A senhora vai entender o porque algum dia. Eu espero que você não esteja duvidando do meu amor, se quiser eu gravo um vídeo, chamo a minha mãe ou se permitir, a levo até ai, para ficar olho a olho e eu poder agarrar a minha baixinha. Eu quero te pedir perdão por todas as vezes que fiz sua filha chorar, ela não merece. Ela é gente boa demais, e por mais que você esteja em silêncio, eu quero que saiba que ela deve ter puxado isso da senhora. Eu não sou o melhor, nem chego perto de como o seu marido deve lhe tratar, mas como sua filha diz, eu vou entrar para a família para somar, se tornar seu filho e ter o maior prazer de te defender, quando vocês brigarem por culpa de notas. Eu a amo sogra, amo demais. E eu queria que soubesse por mim, e não por ela. Mas antes de você desligar na minha cara, eu quero que saiba também que se a senhora não permitir, eu vou esperar. Eu vou esperar mesmo, porque sinceramente, eu a amo. E antes de tudo, não custa nada tentar. — Sogra, me concede a mão dá sua filha? ”

Um incêndio de grandes proporções em uma casa noturna ocorreu na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. Segundo um segurança que trabalhava no local no momento do incêndio, muitas pessoas foram pisoteadas. Por volta das 10h40, foi encerrada a remoção dos corpos das vítimas em um caminhão da Brigada Militar. Eles foram levados para um ginásio da região central onde será feito o reconhecimento. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo teria iniciado com um sinalizador Foto: Deivid Dutra / Agência Freelancer
Não são 245 mortos, 
são 245 mães, 
245 pais, 
mais de 245 irmãos, 
mais de 245 famílias e 
grupos de amizade que nunca mais vão ser completos.




‎"Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta. Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa. A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada. Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa. Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio. Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda. Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência. Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa. Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram. Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo? O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista. A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados. Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro. Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos. Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal. As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso. Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu." (Fabrício Carpinejar) #G