segunda-feira, 12 de dezembro de 2011



ou a leveza celestial de sua pele

Qual o segredo que sua cama esconde, qual o segredo que suas coxas escondem. Vi ao levantar do lençol um relicário, fechado, trancado, mas... onde está a chave, será essa que usa presa à gargantinha, próximo ao coração, entre seus formosos seios. Será.
Vejo-me tal qual a sombra dessa chave pequenina, perdida entre as dunas do seu peito. Sinto o cheiro de sua pele, o encontro entre dois mundos de carne, delicados, joias do Nilo. Minha sombra entre a poesia e o mamilo.
O cheiro de sua cama me transporta ao interior de seu mundo/corpo, um cheiro macio, como a leveza celestial de sua pele. Percorro a dedos mudos os pelos que despertam ao timbre de minha voz... eu sussurro... sus-sur-ro... e seu relicário, tal uma flor, se abre.
Flávio Mello
12/12/11

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